Ao mar pedi que me desse as sensações de um cuidado. Que não fosse nem menos nem mais poesia. Que a seiva tivesse o ponto exato do doce. E que, sem os sonhos da padaria da rua de cima, acordar não teria graça. Isso faz dos padeiros seres misteriosos e inquietantes. Despertam leves suspeitas. Parecem ser pupilos das feiticeiras e das fadas. Por isso, toda manhã, como sonhos com a gula que sento a beira da praia para os meus pés brincarem na água. Enquanto isso, observo cada detalhe de possibilidades nos traços do horizonte. Os movimentos profundos das palavras a se contorcerem dentro do meu peito excitando a língua. Infância. Sonho que se guarda no saquinho de pão para quando sentar debaixo de uma árvore, deixar a próxima folha se sobrepor no colo do tempo polvilhado de açúcar refinado.
lindo, engenhoso e criativo, fora o mooongido de vaca!
ResponderExcluirPor fora bela viola,por dentro Pão bolorento.
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