domingo, 29 de maio de 2011

Feliz Natal Trabalhadores

Peço perdão aos nossos já grandiosos 4 seguidores por termos criado o blog e logo darmos uma espaçada de uma semana sem postar.
Acontece que Natal-RN estava em greve e eu que vos subscrevo (Murdock) estava em Natal, tendo não divulgado com eficiência o login do blog pros outros integrantes do grupo.
Mas acho que todos os quatro seguidores vão entender, até pq uma é minha namorada, outro o cara que mora comigo, o outro faz parte do grupo e o outro sou Eu!!!

E como é bom turistar, viver intensamente tudo o que o capitalismo desenfreado nos possibilita, sem nem perceber o caos que a greve geral que englobou 14 classes trabalhadoras causou, andando só na beira da praia envolto numa bolha de perfeição que passam ao turista. Mas é um lugar muito doido, sempre tive curiosidade pra ver as dunas.
A classe que tava em greve que mais causou transtornos foram os motoristas de ônibus. E nisso uma pixação num muro, um tanto comum merece ser reproduzida.


Cuidado com os ônibus, eles podem te roubar!

Bom, se tratando de São João del-rei é assalto seguido de assassinato, dado o tanto que os motoristas são desatenciosos com os pobres traseuntes. Transporte público é mesmo um problema sério, sucateado pra estimular a compra de carros pra gerar receita pra multinacionais estrageiras e transformar as cidades nuns infernos.
Pelo menos tem gente inteligente no mundo.
A contraponto da pixação de gueto, uma inscrição no aeroporto de Salvador me deixou confuso. Era a única que havia (eu procurei nas outras portas) e classe média-alta é foda, todo mundo é estudado. Gerando vários vândalos intelectuais. Saca só


A diferença entre cagar e dá o cu é meramente vetorial.

Direto da aula de física pra porta do banheiro do aeroporto. Maravilhoso.
No mais é isso, só justificando, e repassando as marcas textuais curiosas que se encontra pelos caminhos.

E o Grupo Larvas vai se apresentar essa semana. Saca só que bonitinho e pretencioso a chamada que vamo soltar na internet:

 O Grupo Larvas é novo e ainda rasteja. É um coletivo de idiotas cantarolando o fim do mundo. É uma paçoca sem grana lodejando pelos matadouros. Querem fazer graça e por isso falam difícil como nas frases acima. Estão em todas as ruas esquinas e butecos que tem como amigos no facebook. Na verdade eles são universitários, do pior tipo, do que quer ser intelectual pra todo mundo pagar pau. O Grupo Larvas não sabe o que está fazendo e é algum tipo qualquer de disfunção hormonal. E se torna mais ridículo quando tem a pretensão de falar seus defeitos e erros de uma forma divertida em um texto de divulgação. Fica pondo essas coisas contrastantes e mais ou menos nojentas pros mais fracos ficarem achando alguma coisa, mas quem presta memo nem dá atenção à esses babacas.
Como você já deve saber, e ter pressentido pelos vossos preconceitos, não vale à pena ver o recital do Grupo Larvas intitulado Não se faz com versos, mas o recital estará sendo apresentado esta terça, dia 31 no IPTAN na hora do intervalo, na cantina; E se puder alma caridosa, assista à apresentação deles, vossos olhares são como esmolas, eles tem problemas e precisam de atenção.

O pior de tudo é que o Grupo Larvas se diverte pensando na cara de “Nossa que vergonha alheia desse pré-adolescentismo” que as pessoas farão ao ler tal asneira.  


Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!!!!

Vamo que vamo galerinha do mau!
Abraços



Murdock

sábado, 21 de maio de 2011

Dois poemas larvenses para apresentação


Primavera de Pragas

No fim do inverno não há flores
Mas as folhas, um pouco fustigadas pelo frio
Estão verdes como pérolas
                                 [se as pérolas fossem verdes


Eu as vezes costumo subir em um lugar alto
E olhar as edificações construídas pelo homem
Luzes de cidades vistas do alto de um lugar alto
Causam comoção e melancolia


Os arbustos são invadidos por larvas
Aquelas taturanas verdinhas ou vermelhas
Que a gente evita muito encostar
Pois queimam muito, alguns venenos até dão febre...


Outras vezes me vejo em antros de jovens
À procura de sexo e rock’n roll
E uma massa insólita de homens iguais tenta
                                     [carregar as convenções do mundo
Sorte que como querem demais nos pegar
A resistência há de ser fofa, carinhosa e cabeluda
Estamos meticulosamente rasgando a seda
caido nas graças do prazer à desordem


se fores aos jardins
Verão seus arbustos que não estão floridos
Repleto de mordidas das malditas larvas
A gente compra veneno e tenta acabar com elas
E por mais que sejamos mais poderosos
Tenhamos armas esmagadoras
Elas são pequenas e numerosas demais para serem exterminadas


Mas é difícil demais avançar
Batalhões de jovens vistosas maquiadas e perfumadas
Saem de casa toda a sexta e sábado à noite
Batalhões de homens com seus braços fortes e carros roncosos
E a madrugada, a virgem santíssima madrugada de todos os dias
É irrompida por um escarcéu de pecado sistemático
O próprio pecado da vida
A cumplicidade


Daí um tempo depois aquelas larvas somem
Elas destruíram em parte as folhas do arbusto
E foram engordando e engordando
Você as procura e não encontra
Quando se dá por si
Aqueles arbustos quase destruídos florescem todos
Cerca de 2 a 3 dias depois as borboletas chegam coloridas e magníficas
Você sacou de onde elas vieram
É a primavera que foi se construindo do asqueroso e da destruição!

                                                                                                                  Vinicius Tobias

Eu sou seu João sujo
E você também

Sou a mina malavrada
Também você

Risonho roedor entre ratos
dentes no ventre dos fatos

Daqueles que são puxados
Pela gravidade do ar (pesado)

exalando pelos poros da Cidade
cheia de nós, mas de olhos fechados.


Como vermes urubus ou moscas
Para planar devorar pousar sopas


Ler a linha de podridão inscrita
Na trilha de todas as mãos


O mundo imundo. O poço do fundo.
O eco do oco dentro de tudo.


Somos o Não.
O prazer é nosso.

                                                                                   igor alves

Os assombros de Goya


O sono da razão cria monstros




Santa e magistral cultura superior




Dos pulmões à web

Estamos aqui!             (?)

Passados tempos apenas a plenos pulmões planejamentos e conexões neurológicas, rastejamos na imaterialidade, rumo às teias virtuais da wwweb.

Estaremos aqui, nesse casulo, procurando rumos.

Acompanhe!

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