domingo, 16 de julho de 2017

Formato de dissertação cria polêmica na internet e serve como mote para a desqualificação programada que as ciências humanas vêm sofrendo: fizemos o que nenhum blogueiro fez, conversar com o autor.

por Vinicius Tobias




Em tempos forte crescimento do ódio generalizado, de assassinatos de ativistas ambientais, de notícias falsas e relativização das leis na justificativa de operações políticas uma coisa choca profundamente certos blogueiros: uma dissertação que pensa o mundo a partir de sua forma.
A descoberta por parte do estudante de filosofia Alysson Augusto da dissertação de mestrado: "Uma educação esquizita. Uma formação bricoleur processo ético e estético e político e econômico", do ator, performer, mestre em educação e atualmente doutorando em Educação e Professor substituto do curso de Teatro da Universidade Federal de São João del-Rei, Tarcisio Moreira Mendes.
Alyson Augusto publicou uma primeira matéria no site Universo Racionalista onde fazia uma leitura pouco séria da dissertação. Além de não levar o referencial metodológico em conta nas suas considerações, mostra desentendimentos que possivelmente não houveram: como achar um absurdo páginas soltas escritas à mão no corpo do trabalho, deixando de lado o fato de que essas atividades feitas na escola eram justamente o objeto de pesquisa ao qual aplicaria a esquizoanálise, um método inspirado nos escritos do filósofo francês Gilles Deleuze e do psicanalista Félix Guattari.
Essa primeira postagem foi tomada como fonte para a publicação do blogueiro Rodrigo Constantino para que também encenasse, a partir do exemplo, a desqualificação das humanidades. E finalmente houve também outra postagem no mesmo Universo Racionalista, respondendo às pessoas que leram o trabalho e discordaram da opinião do site.
Somando-se essas matérias às disseminações em redes sociais imaginamos o estrago que está sendo feito: essa suposta "impostura" (acharam um acadêmico em quem se apoiar diante da grandeza do desconstrutivismo de Deleuze, Sokal, que é quem emprega esse termo) é utilizada de maneira rasa para alimentar o senso comum de "doutrinação marxista" e de "vale tudo". Ou seja, utilizam esse exemplo para a desqualificação e perseguição das humanidades, disciplinas que invariavelmente elevam o debate político pelas suas implicações sociais e não apenas de produção de tecnologia e saber sobre o mundo natural.
Essa entrevista é uma tentativa de "direito de resposta" paralelo que o blog Larvas Poesia tenta operar toda vez que vê coisa parecida rolando na internet. Confira abaixo com o autor da tão temida dissertação, aqui está Tarcisio Mendes:


Tarcisio, sua repetição da frase "You have to learn Portuguese" realmente chocou esses blogueiros. Mas acabam aí as inadequações de seu trabalho, no entanto, a apresentação do objeto de estudo foi tomada como uma séria impostura. Qual a razão da repetição no 'abstract' dessa frase, você não estava querendo sugerir nada né, nem certa realidade de colonização cultural americana que toma nossas mentalidades? Ou é só porque não sabe inglês ou não tinha cinguenta reais para pagar um colega para traduzir?


Bom, alguns pesquisadores defendem que o uso de um resumo em língua estrangeira ajudaria no compromisso com a internacionalização do trabalho. Porém, é ingênuo pensar que alguém leria um trabalho em outra língua, ou aprenderia uma língua latina a partir do interesse produzido por um abstract.
Neste trabalho, resumo e abstract são produzidos com o desejo de problematizar os constituintes de um trabalho acadêmico, assim como o resto das partes que chamamos pretextuais. Neste sentido, o que você põe como questão é inteiramente relevante para o âmbito de produção do trabalho. Embora não tenha sido o desejo primeiro. E isso é outra função do trabalho: produzir questões a partir de sua leitura e não apenas pelo desejo do autor ao escrever.
É curioso encontrar ainda casos nos quais um trabalho é julgado, diferente de produzir questões ou posto em questão, apenas por uma incompreensão dos elementos pretextuais. O clássico preconceito de 'julgar o livro pela capa'. Por isso, creio que esta entrevista mais que um direito de resposta, é um direito às questões que suscitam o trabalho. Pois a obra se sustenta e é capaz de responder a todas as perguntas até agora feitas pela crítica opinativa que vem recebendo. Fica o convite a leitura de toda a dissertação. No entanto, ao que parece, não foi apenas o resumo e o abstract que causaram incômodo.
Ao longo de toda a pesquisa fui financiado por agências de fomento, totalmente adequado aos processos meritocráticos de produção científica, apeser de ser a favor das políticas afirmativas na pós-gradução. Sou muito grato a todos os contribuintes adimplentes que não sonegaram seus impostos. Por isso teria sim 50 golpinhos para pagar a tradução do resumo, se não fosse capaz de fazê-lo. Cabe ressaltar que a dissertação cumpre também seu papel de ser coisa pública ao ter seus resultados disponibilizados a qualquer interessado gratuitamente.


Pois bem, caso sim, você usou uma fórmula consagrada na arte de dizer a partir de processos. E parece que essa é uma pegada recorrente no corpo de sua dissertação, afinal, você procura a interpenetração do ético, estético, político e econômico, não é? Qual é a importância de se pensar a forma não apenas teoricamente na academia? Qual é a importância de aplicar essas reflexões?


Mais que propor uma metodologia de interpenetração entre os aspectos éticos e estéticos e políticos e econômicos, o desejo do trabalho é afirmar que toda obra é produzida a partir desse coengendramento. Não é possível produzir uma forma que não esteja totalmente implicada com uma ética, uma política e uma economia, mesmo que este coengendramento seja negligenciado em algum momento. Não por acaso que muitas opiniões rapidamente relacionaram o trabalho a certos movimentos estéticos, partidos políticos e meios de produção. Embora ele não esteja atrelado a nenhum deles.


"Não é possível produzir uma forma que não esteja totalmente implicada com uma ética, uma política e uma economia, mesmo que este coengendramento seja negligenciado em algum momento."

 É certo que a dissertação problematiza uma produção acadêmica que por vezes é produzida numa moralidade limitante, por uma política fascista, fixada numa produção clientelista do saber. E isto nada tem a ver com partido político ou movimento ideológico organizado. Creio também que uma incompreensão do trabalho foi produzida por ter em suas linhas termos como "golpe direitista", "marxismo". Atento que no momento em que o texto da dissertação fora produzida, vivíamos um governo legítimo eleito pelo voto popular. É preciso estar atento, principalmente nos tempos em que vivemos, a serviço de qual ética e estética e política e economia nossas trabalhos estão atrelados ou podem ser relacionados.


Outra coisa tomada como absurdo pelos blogueiros foi a performance encenada por você em ocasião da defesa. Ninguém se choca ao ver um nu artístico exibido no cinema ou no horário nobre da televisão, mas quando usado em uma peça performática na academia o terror toma conta dos liberais. Na performance você aparece encerrado em papéis e escritos e numa espécie de ritual de descarrego se liberta deles e fica nu ao final da performance. A performance tem ligação direta com o tema pesquisado, não? Você acha que a atitude estética tem sido desconsiderada como forma de conhecimento? Construir conhecimento também a partir do estético não seria uma forma de contemplar de forma mais integral as maneiras do saber, e não é exatamente o que esperamos de um ator?



Cabe aqui uma ressalva: a performance atacada pela crítica não foi produzida na defesa e sim no exame de qualificação, um ano antes da defesa. Sempre tem havido perseguição em relação ao corpo nu na academia, seja de arte ou não. Há pouco tempo, um aluno do Ceará denunciou perseguição sofrida dentro de sua faculdade de arte por usar em seus trabalhos como material de pesquisa o próprio corpo. Ou, há menos de um mês, o ataque que o curso de Artes Cênicas da Universidade Estadual de Maringá sofreu pelo mesmo jornal Gazeta do Povo, que usou indevidamente imagens de uma performance de alunas do curso para tentar desqualificar mais uma vez a área das humanidades.
Neste trabalho, a performance não só tem ligação direta com o tema, como ela mesma é tema da dissertação. Inclusive, provocou a produção de um capítulo da dissertação intitulado "Nu questão de uma qualificação". Jorge Larrosa pergunta o que aconteceria se um professor vestisse um chapéu de guizos; a dissertação, a partir desta questão, questiona: e nu? Muitas opiniões produzidas nos comentários disseram que isto era aceitável para uma pesquisa na área de artes, mas na educação não. O trabalho não se pergunta apenas o que se espera de um ator nu, mas de um performer, de uma professora da educação, da arte. Que idealizações produzimos que impedem outros modos de vida? Que esperamos exatamente de uma pesquisa acadêmica, de uma pesquisa em educação? Forçar limites e pensar outros possíveis para além das moralidades é um exercício da obra.


Como foi sua avaliação pelos Professores Doutores da UFJF? A performance que apresentou fez parte da avaliação ou foi uma espécie de anexo? Você depois, ou antes, argumentou e foi questionado por eles, não? Como eles avaliaram seu trabalho?


O trabalho cumpriu com louvor todas as etapas avaliativas, composta por banca pública e especializada e aprovada pelo colegiado do Programa, como é de praxe. A performance, como dito anteriormente, fez parte do processo de dissertação, seja na qualificação, na provocação do texto ou na produção de imagens contidas no trabalho. O trabalho foi aprovado, inclusive, com destaque para a operação conceitual.
Porém, é sabido que dentro do meio acadêmico, pesquisas que não seguem os ideais das cientificidades das ditas Ciências Naturais ou da Natureza são sempre vítimas de ataques. Este trabalho não é o único. Mesmo dentro da UFJF, instituição na qual foi possível esta pesquisa, encontramos grupos que tentam desqualificar pesquisas como da área farmacêutica da homeopatia, dos estudos culturais de gênero e sexualidade, questionam trabalhos da área da Ciência da Religião, para citar alguns exemplos. Deste modo, esta dissertação não é, não foi e não será a única a sofrer ataques.


Pode explicar de maneira simplificada em que consiste a esquizoanálise, e em quais situações ela deva ser aplicada?


Qualquer coisa dita aqui que tente criar um entendimento acerca do que seria esquizoanálise corre o risco de limitar seu funcionamento, torná-la impotente. O que posso dizer é que se trata de uma prática que se põe a experimentar possíveis para a vida se fazer, que não propõe modelo, embora instigue a produzir múltiplas formas, como a dissertação que fora produzida. Propõe-se a combater os ideias a que estamos o tempo todo submetidos como a edipianização, o falocentrismo, o familismo, a neurotização das relações e a esquizofrenização da vida.
Esta empreitada de Deleuze e Guattari está disseminada nos dois tomos produzidos por eles intitulado "Capitalismo e Esquizofrenia 1 e 2". O tomo 1 é a obra "O anti-Édipo" e o tomo 2 é constituído pelo Mil Platôs, que fora traduzido para o Português em 5 volumes.


O Canadense e filósofo da comunicação McLuhan diz que "o meio é a mensagem". Isto é, que não há diferença entre forma e conteúdo, e que a forma é quase que a totalidade do discurso. Isso porque a escolha entre métodos e formas denota toda uma filosofia de mundo a ser considerada. Por exemplo, a linguagem escrita e linear se liga com a mentalidade moderna de "meios para fins" e um platonismo no sentido de uma concepção pura de "verdade". Nesse sentido a opressão também vem da forma e de nada adianta operar em argumentos se a forma continua a passar a mensagem de outra visão de mundo. Pode-se dizer que aí se encontra um viés de justificativa para suas operações na forma ao longo do trabalho?


É certo que toda forma produzida é um exercício ético e estético e político e econômico. No entanto, mais que garantias acerca de uma forma ideal, o trabalho se constitui problematizando as relações de produção. Isso porque, a linguagem escrita nem sempre estará relacionada a uma linearidade. Ou uma forma não linear não dará garantias que não se produzam relações lineares com ela. Dito de outro modo, não há garantia em nenhuma produção. Por exemplo, a crítica fez confusão com informações que a priori seriam objetivas ao questionar e clamar por uma objetividade na escrita: erra o nome do autor, confunde dissertação com tese, qualificação com defesa de mestrado. Isto é absurdo? Não. Isto mostra apenas que não há objetividade alguma na escrita.
Neste sentido, sempre temos que estar atentos para impedir relações moralizantes, fascistas, ideais e produtivistas. Estar atentos aos pressupostos que podem envenenar nosso contato com as coisas do mundo. Isto não depende de um objeto fixo, mas das relações que são produzidas com ele. É preciso estar à altura do acontecimento, isto significa abandonar sempre que possível os pressupostos moralizantes, as medidas do senso comum e os preconceitos limitantes.
Hoje não é raro encontrar pesquisadores reclamando e até adoecendo por não conseguirem se adequar a padrões de escrita e pesquisa. Alguns não encontram saídas, se sentem aprisionados, adoecem. É desejado que este trabalho seja uma pista que potencialize outros modos na diferença na pesquisa acadêmica que possa acontecer. Não um novo modelo de trabalho. E ele não é o único, ele se junta a outros tantos que vêm sendo produzidos Brasil a fora, por grupos de pesquisa como Escrileituras da Faculdade de Educação da UFRGS; Grupo Imago, da UNESP de Rio Claro ou do Grupo Olho, da UNICAMP, para ficar em alguns exemplos.
Em 1978 foi conferido o título de doutor ao pesquisador Edras do Nascimento que apresentou, em seu doutoramento em Letras pela UFRJ, não um texto padrão que se esperava, mas um romance intitulado "Variante Gotemburgo". Em 2005, a tese de Clarissa de Carvalho Alcântara, intitulado "Corpoemprocesso - Teatro desessência", foi defendida no Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária da UFSC; essa tese de arte da performance foi apresentada em quatro livros, junto a um texto impresso em tecido enrolado, dispostos num envelope de couro. Mais recetemente, exatamente em 2016, a tese defendida pelo professor Camilo Riani, docente da Faculdade de Comunicação da UNESP de Rio Claro, junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da UNESP de Rio Claro, foi apresentada por meio das artes Caricatas: arte-rosto-humor-experiência composta por composições visuais, telas, imagens e intervenções gráficas. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Cristian Poletti Mossi, doutorou-se pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria, produzindo a tese intitulada "Um corpo-sem-órgãos, sobrejustaposições - Quem a pesquisa [em educação] pensa que é?", na qual problematiza a pesquisa acadêmica criando uma escrita labiríntica com imagens.
Isso apenas para ficar em alguns exemplos. Não é só em Havard que aluno produz Rap como TCC. Tem muita coisa boa sendo produzida no Brasil que enche a academia de vida!


Esses blogueiros procuram perseguir trabalhos que não se encaixam no padrão, e argumentam que as humanidades são um ambiente bastante anárquico com seus participantes. Ao ler sua dissertação, entretanto, vemos que você trata de questões de cerceamento daqueles que pensam a forma dentro das instituições, também das questões midiáticas. Trata de corte de financiamentos a pesquisadores e todo o circo midiático que é formado quando alguém questiona as operações de legitimação da intelectualidade, usando, por exemplo, o caso do professor de filosofia que pergunta em prova sobre a 'pensadora' Valeska Popozuda. Há, segundo seu julgamento, uma perseguição àqueles que questionam questões centrais dos trabalhos na academia?


Problematizar é muito difícil. É muito sedutor combater um padrão impondo um outro padrão moralizante. O perigo do oprimido produzir como ressentimento ainda mais opressão. 



"Problematizar é muito difícil. É muito sedutor combater um padrão impondo um outro padrão moralizante. O perigo do oprimido produzir como ressentimento ainda mais opressão"

Uma pesquisa não deve ser constituída na produção de opinião ou na polêmica. Deleuze e Guattari ao produzirem o livro "O que é filosofia?" atentam que a filosofia tem horror às polêmicas, e que ela não é produzida através de opiniões. Um conceito não é produzido para se concordar ou não. E sim para fazer funcionar alguma coisa. Ele não serve para tudo. Às vezes ele passa ou não passa.
Este caso que problematizo na dissertação citado por você é bom para pensar estar relações. Pois defender que Valeska Popozuda é uma pensadora contemporânea é um falso problema. Ela é pensadora. A questão é como funciona isto que ela cria? Neste mesmo livro citado anteriormente, Deleuze e Guattari nos levam a pensar que não é privilégio da Filosofia produzir pensamento. O que diferencia Filosofia, Arte e Ciência seria seu modo de produção de pensamento. É um modo de combater esse pressuposto que pensar é privilégio dos filósofos. De modo simplificado, filosofia produziria pensamento através de conceitos; a ciência através de functions; e a arte através de perceptos e afectos. Assim a funkeira seria uma pensadora contemporânea que produz-se atrávez de perceptos e afectos, já que o campo que ela habita é o da arte da composição, da criação artística. A questão posta pela dupla é: o que é produzido ajuda a afirmar ou não outros modos de vida que não este imposto pela hegemonia? Por isso "My pussy é o poder" é muito mais revolucionário que apenas um "beijinho no ombro, tiro porrada e bomba".
E outra coisa que me incomodou muito e que está em outro texto da dissertação intitulado "Não somos científicos. Somos científicos. Que fazemos então!?", foi retaliação que um grupo de pesquisadores da USP sofreu ao serem acusados de não fazerem pesquisa científica ao propor o método histórico-dialético num edital de capitação de recursos da CAPES.
É preciso estar atento para que não nos tornemos fascistas ao combatermos certos fascismos.


E for fim, como foi passar por essa dramatização toda do seu trabalho na internet? Qual foi o lucro obtido?


Como disse, a polêmica e a disseminação de opiniões não ajuda muito a pensar. Pois senão ficamos apenas no "concordo ou discordo" e nada muda. Cada um fica no seu territoriozinho.
A internet como você muito bem pontuou no início da entrevista, é um ambiente muito propício para disseminação do ódio e dos fascismos contemporâneos. Desse modo, creio que o ambiente acadêmico, com todas as moralidades existentes, tem sido um território potente para problematizar e combater pressupostos, preconceitos e padrões limitantes de vida. A academia tem sido potente, em tempos tão difíceis, para produzir resistência e novos modos de vida. Bem diferente de alguns espaços da internet que, reproduzindo o jargão "liberdade de expressão", tem produzido mais clausura, violência, intolerância e ódio.
Como saldo fica os contatos com pessoas e pesquisadoras e pesquisadores que vêm produzindo ainda muita vida na academia, aliados de vida. Para citar um, a pesquisadora Fabiana Fabulosa (Fabiana Aparecida de Carvalho) que junto de seu orientando Madoxx (Claberson Diego Gonçalvez) produziram um texto belíssimo em defesa do trabalho, intitulado "Um dia a academia será deleuziana...". E não por acaso, a sua universidade sofreu recentemente um ataque do mesmo jornal por produzirem uma performance num evento acadêmico da Universidade Estadual de Maringá, que problematiza o corpo da mulher em nossa sociedade. Temos que nos mover como matilha, como um bando, para desarticular as opressões. Não estamos sozinhos.
Apesar de terem insinuado que perseguiriam a mim, inclusive no meu trabalho como professor, não ganhei ainda nenhum golpinho a mais em minha conta bancária.
A alegria é perceber que não estamos sozinhos. Sou muito grato a minha orientadora e ao Travessia Grupo de Pesquisa que só tem feito vida em mim. Agradeço ao PPGE e à UFJF pelo apoio à minha pesquisa nesse momento. Agradeço também a vocês pelo espaço dedicado às minhas questões.


pic: Está aqui a pessoa que dá uma chocalhadinha na forma e põe os liberais à beira de um ataque de nervos, Tarcísio Mendes













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