Vitral 1
Um braço futurista acena na
estrada,
na mão do macaco o “alegre
instante-já”Caminhoneiros vidrados piscam os faróis
. . .
Na primeira pagina:
“Motorista inchada de anticoncepcionais bate com a cabeça no volante”
No retrovisor:
bezerros magros debandam
serrado afora
Dirigindo em alta voltagem
espalhando pelo acostamento
hermetismo café e cola
Vitral 2
Estruturas parkinsonianas
cadeiras de roda
o transito desafinado
esquinas
músicos de conservatório
para repensar
mesa
burgueses barrigudos falam pra cassete
A fraude marginal...
*pic: Lucas F. L
A fraude Marginal II - O Eu-babuíno
O lado canhoto do peito
onde reside um certo cujo coberto por osso carne e pelo
vai ser amassado para reciclagem
Nessa manhã
uma cor reverbera nas mãos,é o sangue escorrendo de uma lata de refrigerante
Escuto o discreto eco das
marteladas pela cidade
e dois terços das manobras
políticas erradicando sei lá o que
O portão aberto
e um carro de som anuncia:“Perigo”
_Nas ruas
a senhora Hibridez anda à solta.
Nas manchetes do dia:
Literata morre de tristeza num
motel
Em Tiradentes
a tela de projeção "pega
fogo",carbonizando a frágil plateia-cult
Professores de arte
reivindicam
menos poesia Avó aposentada
acorrenta o vício da neta
no pé da cama
Eu crente nesse mundo...
E um movimento-carente estudantil
ao me ver comprar aquele jornal,
grita:
“A culpa é
sua”
Muito bom!
ResponderExcluirO vidro e a pedrada é genial, primeiro uma descrição de um vitrô arrebentado depois outros menos espelho.
Sobre a fraude nem se fala
vai longe brother!
Almas cheias de ferida por esses mausoléus da vida, rs... Muito bom mesmo, o dilema do homem maquina! Nossa alma anda machucada, somos tão dóceis e tão dilacerantes.
ResponderExcluirAbraços fortes!
Taí dois caras que me inspiram pra caraio!
ResponderExcluirSô Murdock e sô Guilherme.