ficarei aqui
Eu escolhi escolher um lado da rua.
A minha cruz Senhor, nossas mãos.
É impossível alguém trabalhar sem ter
o direito de infringir a atenção.
Porque quem ama, nunca experimentei
Mas tive sorte por
ser um livro sobre os meus dias de vida
passados numa TV qualquer em
que descobri:
"Bem-aventurados os que se vão,
porque ficarei aqui"
Espero frutos?
Não necessariamente,
Signos, talvez, dos bens porque me comparo.
Tiro a glória da minha mão trêmula.
Chamem o SAMU!!!!
Chamem de mandamentos acima
Chamem os poetas que deixaram a ideia de sofrer.
E como é duro andar na rua:
Vi uma senhora precisando
ser pensante e sentinte a cada momento.
Síndrome de viver. Mas por cima.
Só pra impressionar a outros que sequer gostamos.
Talvez só pra dizer também.
Se for, você pode escrever um livro:
rios, cemitérios, pontes e hospitais.
Já não chamo de viagem para Nárnia
Eu chamaria de ficar, morrendo,
E hoje foi sem pena.
Pra quem quiser, tenho memória sim...
Vocês podem ver...
*pic: Pregador de Muros, foto de Eduardo Guimarães
Bem-aventurados
Bem-aventurados os cegos,
não vão ler este -sermão-?
(não será lançado em braile).
Bem-aventurados os que nasceram,
viveram e se nutriram
para ficar esperando um táxi.
Bem-aventurados os caminhos
de amores que terminam no fim.
Amor, dessa vez foi demais...
Bem-aventurados os que se matam,
mesmo não tendo sido tratados
com o pior dos vinhos...
Bem-aventurados os mensaleiros na cadeia,
terão suas mensagens.
Portanto, se está lendo isso, sinta-se abraçado
Bem-aventurados os que não tem certeza
pra que essas obras estão sendo construídas,
prédios, presídios e estádios.
Bem-aventurados os transitivos sem vírgulas,
sem eco-feminismos, flores, flores,
oh senhor das mais antigas formas de comunicação.
Esta não soube amadurecer.
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