Fui ao nosso desencontro. A manhã estava fria e bonita (do jeito que eu gosto). Com pouco uma nuvem arredou dando passagem ao Sol que invadiu a braquiara e lambeu o sereno de uma forma tão erótica que eu fiquei de cara.
Então eu subi num toco de eucalipto, virei a cara pro oriente e, com as mãos em concha em torno da boca, berrei: LOVE, LOVE, LOVE! Meu grito esbarrou na gargante do Eco, que rosnou de bolta: MEIA, AMEI, AMEI-A!
EU devo ter ficado nesse transe um bom pedaço de tempo, até que me dei conta que você não viria. Desci o degrau do meu delírio, desaprumei o corpo e voltei, soturno, para o meu quarto minguante.
Quando cheguei me disseram que você havia ligado. Sorri comigo mesmo e fiquei alegre - eu já estava pensando que você nem tinha ligado.
SANTADOIDA
Te beijo com a doçura que é própria só do mel
Estou para você como o dedo está pro anel
*Wagner Vieira é poeta, editor e jornalista. Faz parte da Ong LESMA que trabalha com Cultura e Meio ambiente na região de Queluz de Minas. Tais poemas foram tirados do livro "O amor visto da ponte"
sublime, o primeiro!!!
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