segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Lamentações Post Apocalípticas - Luis Mangões

Carochas

Réles! Ó míseros seres viscosos
Se divertindo com o esconde-esconde que jogam
Com humanos pés aos quais costumam sucumbir
Inusitada a amálgama cromática
Da eterna pintura tingida
Feita diária luta, e chamoma-na devir...
A razão que subjuga a terra
Lho tornam asco, lho vêem, ânsia
Na ânsia de um golpe de humilhação
Lho fitam – inseto esmagado no chão
Mas o latente triunfo, sempre se soube
Está no desdevanear das brincadeiras humanas
Que, como crianças, despertam seus brinquedos atômicos
Caem gentes! Caem edifícios!
E por entre os escombros
E por sobre pessoas esmagadas
Pisarão irresolutas as baratas.
Por mais inseticida que já se tenha disparado.





Mensagem

Nem o nó
cego
e roto das palavras
indizíveis
nem o dó
da dor pungente
relatam sobre a explosão
maravilhosa
que se faz de mim
constantemente
me polvilhando infinitesimalmente
no nada
que sempre
existiu





*Luis Mangões (Divinópolis) é músico, poeta, membro da banda OitoEu, e integrante do Recital Intervenções na Eternidade Desrítimica, do Grupo Larvas. O recital foi montado especialmente para a Quinta Imaginária na Casa Barkaça, mas há planejamentos de reformular e atracar em outros mares.

Um comentário:

  1. doido demais a linguagem apocalíptica e rebuscada
    "Caem gentes! Caem edifícios!"
    massa demais

    e as imagens angustiantes!

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