ao ritmo contagiante do batuque
um canto quente de força,
coragem, afeto e união
Que o poema vinha carregado
de amargura, dores,
mágoas, medos,
feridas, fomes...
Que o poema venha armado
e metralhe a sangue-frio
palavras flamejantes de revoltas
palavras prenhes de serras e punhais...
Que o poema venha alicerçando
e traga em suas bases
palavras tijolantes,
pontos cimentantes,
portas, chaves, tetos, muros
e construa solidamente
uma fortaleza de fé
naqueles que engordam
o exército dos desesperados
Para que nenhuma fera
não galgue escadas
à custa de necessidades iludidas...
E nem mais se sustente
com carne, suor e sangue
de um povo emparedado e sugado
nos engenhos da exploração!
* há algum sentido em não se matar o opressor?
Massa demais, armado até os dentes...
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