& depois andar de bicicleta
quando os dias são tão longos e cansados?
para quê morrer afinal?
há um bar aberto
ao lado dos vendedores ambulantes
onde tião vende legumes
& sorri sem dentes
***
estou cansado de descascar cebolas
pagar contas
& usar camisinha para vaginas frágeis.
a civilidade é epidêmica.
tenho é gosto pelo pézinho torto,
por suas espinhas
& pele temperada de suor
***
quero remediar essa tristeza
descascar sua coluna vértebra por
vértebra & passar pomada
lixar seus pés
polir suas retinas
e desentupir seu intestino a base de algodão
Poemas de Guilherme Paiffer Pelodan
Di Cavalcanti
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