A solidão me assola
Não me demoras, faço dela um prazer na minha solitude que esboça
Teu gosto é
de pedra doce e saudade
Bebo vinho
dez pras dez da noite
E toco piano
por pura vaidade
Conto os dias,
conto as horas, nessa solidão cheia de liberdade
Os ponteiros
do relógio mentem às quintas
Meus livros
estão cheios de tinta
Coisa velha
faz borrão na parede
A lua invade
a casa solitária e caminha entre as emoções cheia de sede
Bebe de mim
o sonho de ontem
A solidão é
libertária, nela me desprendo, sanidade, vôo com par de asas em total solitude,
cheio de saudade
Agora sou
mariposa, Maria que pousa corujeando o azul
Na
melancolia, que é menina bonita
Aflita,
chora e chove entre as couves do jardim
Seja
solidão, seja liberdade, seja par de asas, que nessa alma exala
Seja o
relógio, a tinta, a parede, a mariposa, a sede, tudo sou eu, gritando para
outros eus.
Poema de Brunno Vianna e Débora Zambi
Débora, que é integrante da Academia de Letras e Arte de São João de Meriti, lançou em 2019 o livro Metamorfose Poética, que pode ser encontrado no site da Editora Metanoia: https://loja.metanoiaeditora.com/deborazambi. Enquanto Brunno Vianna lançou em 2020 Cartas Para a Cidade, livro de contos e crônicas disponível no site do Clube de Autores: https://clubedeautores.com.br/books/search?where=books&what=Cartas+para=a=cidade. O autor também disponibiliza o e-book do livro a todos que entram em contato pelo Instagram @brunnoviannarj. Além de fazer lives sobre Literatura ele mantém o Instagram @espelhodeleituras à disposição de todos os autores que quiserem divulgar seus livros e textos.
Esse poema foi criado em uma delas.